GLP-1, o "milagre" do emagrecimento. O que a ciência diz?

Recente Publicação da revista Veja, edição 2233, com reportagem intitulada “Parece Milagre!” divulgou o remédio Victoza como algo milagroso no que se refere ao emagrecimento. No entanto, este medicamento fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, teve aprovação pela Anvisa para ser comercializado no Brasil em março de 2010 com a  finalidade de tratar pacientes com Diabetes tipo 2, sendo seu uso não indicado para emagrecimento.
O Victoza  tem em sua composição a Liraglutide. Esta é um análogo do hormônio GLP-1, ou seja, possui estrutura similar.  O GLP-1 faz parte da classe das incretinas, que são substâncias produzidas pelo pâncreas e intestino. No caso deste hormônio, ele é sintetizado pelas células L, localizadas no íleo e cólon (parte distal do intestino).
 
Alguns efeitos do GLP-1 são:
 
  • Inibição do esvaziamento gástrico
  • Supressão da secreção do glucacon
  • Redução do consumo de alimentos
  • Estimulação da regeneração das células beta do pâncreas e diminuição da apoptose destas.

Alimentação e GLP-1

Os nutrientes ao chegarem no intestino distal estimulam a liberação do GLP-1, e esse exerce as suas funções (aumenta a saciedade e envia informações ao cérebro diminuindo a produção de Grelina e NPY (neuropéptido Y) e com isto, reduz o apetite). 
. Porém a dieta nos dias de hoje “engana” os detectores de alimentos, como o GLP-1.
goma-guar, aumentaram e prolongaram a libertação de GLP-1.
  • Os prebióticos e probióticos, além de melhorarem o funcionamento intestinal, também aumentam o tempo de digestão e expressão do GLP-1.
  • O Resveratrol, encontrado em abundância principalmente na uva ou vinho tinto, melhorou a sensibilidade à insulina através do aumento do GLP-1.
Além destes exemplos, ainda podemos citar as refeições líquidas, proteínas, leite fermentado e amêndoas.
Então, se podemos através da alimentação balanc

Isso ocorre devido ao tipo de alimento que consumimos, como os doces, açúcares, ou outros produtos mais refinados (chamados de carboidratos simples), estes têm a sua absorção já na primeira porção do intestino (intestino proximal), deixando o intestino distal (situado na porção final) vazio. Isto sinaliza para nosso organismo que houve ingestão de pouco alimento, o que na verdade pode não ter ocorrido. Assim, a sensação de fome não passa, e mesmo se tivermos comido pouco, este pouco pode ter alta quantidade de calorias. Então, dependendo da nossa dieta, podemos reduzir a liberação de GLP-1, e conseqüentemente, reduzir a sensação de saciedade.
Alguns alimentos podem influenciar a liberação do GLP-1, sem ser necessário o uso de medicamentos. Realizar uma refeição com calma, mastigando bem, também faz nosso cérebro sinalizar a sensação de “estômago cheio”.


Em estudos o consumo de fibras insolúveis, como fibra de aveia e cevada, por exemplo, aumentou os níveis circulantes de GLP-1 durante o jejum e a ingestão de amido resistente aumentou a secreção deste hormônio. Já as fibras solúveis, como a eada procurar maneiras eficazes para o emagrecimento, o que resta é você saber qual a sua porção ideal.

EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL

Para atingir o emagrecimento e manter músculos fortes e saudáveis não basta somente se exercitar. O ideal é combinar a prática de exercícios com uma alimentação balanceada e saudável.

Com hábitos alimentares saudáveis pode-se garantir os nutrientes necessários para que o corpo funcione com eficiência. Com combustível adequado, o corpo reage da melhor maneira a todas as nossas atividades diárias.
Dicas para melhorar seus resultados:
1. Planejar a alimentação – programar o que vai comer ao longo do dia, não optando sempre pelo que estiver por perto; esses alimentos nem sempre são a melhor opção.
2. Fracionar – realizar no mínimo 5 refeições por dia, não sobrecarregando nenhuma e garantindo energia durante o dia todo.
3. Incluir alimentos naturais e ricos em vitaminas e minerais – em geral, frutas, verduras e legumes, que trarão os nutrientes necessários para um bom funcionamento do metabolismo.
4. Limitar as “escapadas” da dieta saudável – controlar as extravagâncias feitas principalmente nos finais de semana, sempre lembrando que muitos alimentos naturais e saudáveis são tão saborosos quanto os outros e, muitas vezes, menos calóricos.
5. Não fique sem comer: Longos períodos sem se alimentar (jejum) podem causar deficiência de importantes nutrientes, causando possíveis distúrbios no corpo como perda de massa magra, fraqueza, cansaço, mau humor, raciocínio confuso, perda de memória, dores de cabeça, tontura e até mesmo desmaios. Assim, o emagrecimento torna-se mais lento, pois o organismo reduz o gasto calórico com o objetivo de poupar energia e diminuir o catabolismo muscular, favorecendo então o ganho posterior de peso e aumentando também a probabilidade de abusar dos excessos nas próximas refeições.
 E lembre-se, quando a dieta adotada é muito restritiva, pode até ser eficiente na redução do peso, mas é preciso analisar se essa redução será duradoura, e, o mais importante, se não trará prejuízos à saúde.

SER MÃE



Mães jovens, mães de meia idade, mães-avós, são todas mães. Todas possuem um lugar especial nos corações de seus filhos. 
Decidi hoje trazer um tema para ajudar as futuras mamães! 
Expectativa, alegria e algumas preocupações fazem parte deste período gestacional, tão único e tão especial.
Uma das preocupações que mais afligem as mães grávidas é o peso.
Saibam que é impossível manter o peso durante a gestação pois o bebê representa parte dele. O ganho de peso é de 6 à 16kg dependendo do estado nutricional antes. Se a gestante é magra deverá ganhar menos e, se acima do peso, pode aumentar somente os 6 kg.


 A forma mais precisa de saber quanto deve ganhar é calculando seu IMC (índice de massa corpórea) e verificando a tabela abaixo. Para este cálculo divida seu peso em quilogramas pela sua altura em metros ao quadrado.




O ganho de peso deve ser controlado desde o inicio da gestação, nas consultas pré-natais (perceba que estamos falando em ganho de peso, e não em manter o peso).

Ter um ganho de peso adequado diminui o risco de algumas doenças como diabetes e pressão alta, prejuízo para o crescimento e desenvolvimento do bebê, além de diminuir o risco de complicações no parto e no pós-parto.

 Manter uma alimentação saudável é essencial. Veja algumas dicas e acompanhe esta semana das mães.

  • Faça pequenas refeições, várias vezes ao dia. 
  • Coma vários tipos de alimentos, como milho, aveia, arroz, feijão, verduras, legumes, frutas, leite, iogurte, queijos e carnes. 
  • Prefira cereais e farinhas integrais que são ricos em fibras e ajudam a prevenir a prisão de ventre. 
  • Escolha alimentos da sua região e da época, porque são mais baratos e frescos. 
  • Evite os alimentos que contenham excesso de açúcar, sal, gorduras e aditivos químicos. 
  • Coma carnes e vísceras (carne de boi, peixes, carne de frango, fígado, etc) pois ajudam a prevenir a anemia; 
  • Beba bastante água ao longo do dia. Você pode beber também sucos de frutas naturais e água de coco entre as refeições, mas não esqueça da água! 
  • Não tome bebidas alcoólicas. O álcool pode fazer seu bebê nascer com baixo peso e doente. 
  • Cuidado com o excesso de café e cafeína presente em bebidas e chocolates. No máximo 2 ao dia.
 Procure caminhar e fazer exercícios (consulte um profissional que possa te indicar um), pois isso ajuda a controlar o peso, melhora a circulação do sangue e dá sensação de bem estar e vitalidade.


 Outra dica importante é que você se prepare para amamentar. Você pode fazer isso tomando banho de sol pela manhã, sempre que possível, expondo os seios para deixá-lo com uma camada mais resistente à sucção do bebê. Esta máquina de extrair leite é que fará com que você produza mais e mais e gaste até 500kcal por dia. Isso sim fará com que volte ao peso anterior. Cuidado que terá mais fome e, desta maneira, os lanches intermediários com frutas são imprescindíveis.




Boa gestação, e feliz dia das Mães!


REFERÊNCIAS

ZACCARO AR. Nutrição na gravidez. In: Peixoto S. Pré-natal. 3a ed. São Paulo: Rocca 2004;11;294-301.

Ministério da Saúde. Conversando com a gestante. Brasília, 2008. Disponível em: . Acesso em: 27 abr.2011.

BATISTA, Daniele Costa et al . Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 3, n. 2, jun. 2003.