Sopa de Abóbora com Carne Seca

Ingredientes:
600 gramas de abóbora madura
200g de carne seca
1½ de água
caldo de legumes (opcional)
1 cebola ralada
1 dente de alho espremido
2 colheres de sobremesa de azeite
sal pimenta do reino

Modo de preparo:
1.       Antes de iniciar a sopa prepare a carne seca. Deixe-a de molho trocando a água para retirar todo o sal. Cozinhe bem e descarte o excesso de gordura aparente. Desfie-a e reserve (foto).
2.       Cozinhe a abóbora cortada em cubos grandes em uma panela de pressão com um pouco de e sal até que a mesma esteja macia, aproximadamente 15 minutos. Bata no liquidificador com um pouco da água da cocção e reserve (foto do creme)
3.       Em uma panela doure a cebola e o alho no azeite. Acrescente a carne seca e refogue por 5 minutos.
4.       Misture o creme de abóbora e tempere com a pimenta do reino. Corrija o sal.
5.       Sirva em uma cumbuca com pão torrado se desejar.
Bom Apetite!

Dica: Como opção, a sopa pode ser servida dentro de uma abóbora pré-cozida (mini se for individual).

INVERNO: Alimente-se bem

Com a chegada do inverno é comum haver queda nas defesas do organismo, as mucosas ficam ressecadas e o conjunto desses fatores favorece os males da estação, como gripes, resfriados, e doenças do trato respiratório. Nesta estação deixamos os ambientes mais fechados, nos mantendo em constante contato com vírus e o uso de aquecedores diminue a umidade do ar.
Faz-se necessária a ingestão de uma quantidade maior de líquidos e nutrientes essenciais para fortalecer o sistema imunológico como proteínas magras, vitamina C, antioxidantes (resveratrol, quercitina), Vitamina A, Omega-3, entre outros, além de aumentar a ingestão de calorias. Para a manutenção corporal, na média, os adultos precisam de 300 a 500 calorias extras. Percebemos esta necessidade, na vontade de comer alimentos mais quentes e até mais calóricos, como sopas, chocolate quente, cozidos mais elaborados e até bebida alcoólica.
As casas de sucos estão repletas de bebidas que prometem combater o vírus da gripe e, consequentemente, as doenças respiratórias que vêm a reboque. Sucos de Laranja com cenoura, acerola, maracujá com mamão e beterraba. Mas segundo especialistas, a eficácia de combinados de frutas e legumes no combate a esses males comuns no inverno está mais ligada à ingestão de líquidos do que aos efeitos dos nutrientes. Essas vitaminas, no entanto, são capazes de reforçar o sistema imunológico desde que sejam consumidas em doses diárias. Portanto, aumente o consumo de líquidos em geral!!!!

Segue abaixo um quadro com dias de como se alimentar melhor no inverno, obtendo mais energia nos dias frios e mantendo a resistência e a saúde.
Consumir Moderadamente
Consumir Freqüentemente
Bebidas alcóolicas
Suco de Laranja, limão, acerola e Kiwi
Cozidos (feijoada, cassoulet, etc.)
Massas, arroz, Batatas assadas ou cozidas, cereais em geral e grãos
Hortaliças cruas e maioneses
Hortaliças cozidas no vapor, legumes cozidos, sopas e purês de legumes
Sobremesas com sorvete, chantilly e chocolates
Frutas em compota ou in natura
( morango, Kiwi, manga, abacate)

Pimenta, cravo, canela e gengibre (termogênicos)
O famoso quentão está na moda! Muito interessante unir bebida quente com o gengibre e especiarias. Aquece o corpo e pode ser feito sem álcool.

Uvas e vinho (antioxidantes – resveratrol)
Estudos comprovam que a ingestão moderada de vinho tinto diminui riscos de doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, ajuda na digestão e até fortalece os ossos e diminui dores articulares.  Seus benefícios estão relacionados aos antioxidantes, principalmente o resveratrol. Uma taça de 120 ml de vinho tinto tem aproximadamente 85kcal e recomenda-se 1 taça para mulher e 2 para homem no máximo ao dia (não cumulativo).

Outras dicas
·         Mel pode reduzir a tosse por causa do “revestimento” na garganta irritada.
·         Canja de galinha: a carne desta preparação possui cisteína, que tem capacidade de agir sobre o muco, tornando-o menos espesso.
·         Iogurte: Alimento, rico em nutrientes e em bactérias que possuem efeito terapêutico, e auxiliam no sistema imunológico.
·         Tomate: Possui carotenóides (licopeno) com forte função antioxidante, auxiliando o sistema imune.
·         Maçã: expectorante.
·         Cuidado com o consumo excessivo de leite e derivados. Podem aumentar o espessamento da mucosa e atrapalhar sua remoção.

Nutrientes
·         Zinco (gérmen de trigo, ervilhas, feijões, brócolis, frutos do mar, etc.), auxilia sistema imunológico e é antioxidante.
·         Vitamina C (laranja, manga, goiaba, acerola, limão, tangerina, kiwi, caju): ajuda a reduzir a duração dos sintomas, anti-histamínico.
·         Vitamina A (alimentos de cor amarela, vermelha e verde escuro, por exemplo, mamão papaia, espinafre, cenoura, abóbora e abobrinha.): protege as membranas, mucosas que revestem olhos, nariz, pulmões.
·         Capsaicina (pimenta): diminui congestão nasal.
·         Alicina (é liberada do alho quando esmagado): estimulante do sistema imunológico, é considerado ótimo antioxidante.
·         Quercitina (maçã, cebola): ação antioxidante, preserva as células do sistema imune.
·         Proteína: responsável pelo fortalecimento do sistema imunológico. Carnes magras são saudáveis e os níveis de ferro encontrado na carne vermelha magra, no frango e no peixe ajudam a manter o sistema imunológico.
·         Ômega 3 e 6 (peixes e castanhas, como as nozes, castanha do para e caju): regulam algumas células imunológicas.


CUIDADOS NUTRICIONAIS EM PACIENTES COM REFLUXO

O refluxo gastro-esofágico (RGE) é uma patologia decorrente da falha anatômica e/ou funcional dos mecanismos de contenção do conteúdo gástrico no estômago.
Podem ocorrer alterações relacionadas à nutrição, à mucosa esofágica, à função respiratória ou ao aparecimento de sintomas neurocomportamentais.

Em crianças, os sintomas gastrointestinais da RGE variam de acordo com a idade, mas, em geral, incluem queimor retroesternal, dor epigástrica e regurgitação. Os sintomas respiratórios tanto em crianças quanto em adultos, incluem sibilos, tosse persistente e dispneia. Contudo, esses sintomas da DRGE são inespecíficos.
Sabe-se que determinados hábitos alimentares como alimentações volumosas, mastigação insuficiente, comer e deitar-se imediatamente após e alimentações noturnas
predispõem ao RGE.

Pesquisas afirmam que alimentos gordurosos (frituras), carboidratos (farinha, macarrão e tapioca), bebidas gaseificadas (refrigerante) e com altos teores de cafeína (café e chás) promovem incompetência do esfíncter esofágico inferior, alteram a capacidade de clearance, retardam o esvaziamento gástrico, anormalidades na mucosa esofágica, entre outras alterações, predispondo ao refluxo gastro-esofágico e conseqüentemente laringo-faríngeo.

Alimentos e medicamentos que aumentam a acidez gástrica, álcool, fumo, medicamentos anticolinérgicos, adrenérgicos, xantinas, bloqueadores de canais de cálcio e prostaglandina, devem ser evitados, sempre que possível.
De maneira geral, as dietas devem ser ricas em proteínas, visando vigor e força muscular. Entretanto, devem-se evitar alimentos pesados e condimentados, principalmente se são comuns sintomas de dispepsia, como pirose, epigastralgia, plenitude pós-prandial, eructações e flatulência.
O tratamento clínico tem como objetivo o alívio dos sintomas, a cicatrização das lesões e a prevenção de complicações.

Cuidados no tratamento de refluxo gastro-esofágico

Evitar deitar-se nas duas horas posteriores às refeições
Elevar da cabeceira da cama (15 cm)
Moderar a ingestão de alimentos gordurosos, cítricos, café, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, hortelã, produtos à base de tomate e chocolate.
Redução do peso corporal em obesos


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, A. L., et al. Manifestações Laríngeas do Refluxo Laringo-faríngeo e suas Relações com Hábitos Alimentares Manauenses. Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol. v.12, n.1, p. 55-6. São Paulo, 2008.
Federação Brasileira de Gastroenterologia. Refluxo Gastroesofágico: Diagnóstico e Tratamento. Projeto Diretrizes-Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Outubro, 2003.
NORTON, R. C.; PENNA, F. J. Refluxo Gastroesofágico. Jornal de Pediatria. v. 76. Rio de Janeiro, 2000.

RATIER, J. C. A.; PIZZICHINI, E.; PIZZICHINI, M. Doença do Refluxo Gastroesofágico e hiperresponsividade das vias aéreas: coexistência além da chance. J. Bras. Pneumol. 37(5):680-688. Santa Catarina, 2011.
VICENTE, A. M. B., et al. Evolução Clínica e Endoscópica após Fundoplicatura para Tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico. Arq. Gastroenterol. v. 46 – no.2 – abr./jun. 2009.